O governador do estado de São Paulo, Márcio França (PSB), firmou um acordo com um grupo de 13 caminhoneiros identificados como lideranças dos protestos da categoria e a promessa é de que a manifestações cheguem ao fim.
Segundo França os caminhões que transportam combustível voltaram à estrada e o abastecimento deve voltar ao normal nos próximos dias.
"Já estamos com as refinarias abertas", disse França. São cinco as refinarias em atividade. "Vamos com isso garantir a retomada dos postos de gasolina do estado de São Paulo pelo menos. Isso significa que os postos daqui a pouco vão estar abastecidos para poder fornecer às pessoas."
Já quanto ao abastecimento no setor de alimentos, o governador estimou que deve demorar um pouco mais e não deu previsão para a volta à normalidade.
Caminhoneiros reunidos na Régis Bittencourt recebem com ceticismo a notícia sobre o acordo. Os manifestantes dizem que não vão encerrar a paralisação até que o governo federal publique no diário oficial congelamento de seis meses do preço do diesel a R$ 2,98 em São Paulo, que seria o preço praticado há dois meses, segundo os caminhoneiros.
Segundo o advogado Cleber dos Santos Teixeira, que acompanhou reunião na noite de ontem entre caminhoneiros e o governador Márcio França, o governo federal perdeu credibilidade junto à classe. "A medida provisória [que estabelece redução de R$0,46 no litro do diesel por dois meses] pode cair e caducar se não passar pelo Congresso. Se não há uma solução, passados 60 dias essa crise pode voltar ainda pior", diz.
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