Transportadores de grãos afirmam que os valores calculados pela ANTT para a tabela de frete mínimo contemplam os custos dos caminhoneiros, e que agora será preciso investir em comunicação para evitar confusão.
Gilson Baitaca, presidente do Movimento dos Transportadores de Grãos do MT, que congrega cerca de 500 empresas, diz que alguns motoristas tinham a expectativa de que a tabela contemplasse também a lucratividade.
“Mas nunca foi essa nossa reivindicação. Acima do piso, que evita perdas, tem que ser a lei de mercado”, afirma Baitaca.
“O piso é o muro que separa o lucro do prejuízo”, diz.
Segundo ele, outros pontos que podem gerar confusão são o custo de impostos e pedágios, que não estão incluídos na tabela da ANTT e devem ser cobrados à parte, e o fato de que, no setor de grãos, o preço é calculado por tonelada transportada, e não por km.eixo, como estipulado pela tabela.
O presidente da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de São Paulo (Fetrabens), Norival de Almeida, concorda: “O que nós pedíamos era um balizador de custo. A tabela faz isso, dá o frete mínimo que compensa o custo do caminhoneiro”.
Para ele, ainda há desinformação entre os motoristas, mas, passado o feriado, a situação deve entrar no eixo.
Almeida afirma também que cabe agora aos motoristas garantir que o piso seja respeitado. “O caminhoneiro tem que entender que, se aceitar um preço abaixo disso, vai ter prejuízo.”
Procurada, a Confederação Nacional Dos Transportadores Autônomos disse que falaria apenas na segunda-feira.
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