Greve de caminhões afeta abastecimento de mamão, batata e melancia em SP

Ceagesp detecta problema no transporte de frutas que vêm de fora do estado

Mamões em gôndola de sacolão - Carol Guedes/Folhapress
Natália Portinari
São Paulo

A greve de caminhoneiros, que se estende pelo terceiro dia, já afeta o abastecimento do Ceagesp, na capital de São Paulo.

Mamão, melão, batata, manga e melancia estão chegando em menor quantidade no centro de distribuição paulista nesta quarta-feira (23). O mamão vem principalmente do Espírito Santo, a manga, da Bahia, o melão, do Rio Grande do Norte, a batata, do Paraná e a melancia, de Goiás.

"Já as verduras e os frutos cítricos, que vem do interior do estado de São Paulo, estão com uma entrega mais regular", afirma Flávio Godas, economista do Ceagesp.

Os preços aos atacadistas ainda não aumentaram porque a demanda também está comprometida pela greve, diz Godas. Os revendedores paulistas estão pedindo para atrasar a vinda dos produtos, para que eles não estraguem devido às obstruções das estradas.

"A tendência seria um aumento exorbitante de preços, mas isso não aconteceu porque o comprador que quer levar o produto para fora do estado também não está conseguindo."

De janeiro a abril, o Ceagesp comercializou 44,6 mil toneladas de mamão, 87,8 mil de batata, 44,5 mil de melancia, 33,3 mil de manga e 25,4 mil de melão.

O Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) é o terceiro maior centro atacadista de alimentos do mundo.

No supermercado Laranjão, em Votuporanga (SP, a 520 km da capital), uma placa informa os clientes que alguns itens da feira podem estar em falta devido à greve.

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