Descrição de chapéu petrobras

Greve de petroleiros não impacta produção, diz Petrobras

Há mobilizações em refinarias do RJ, RS, MG, PE e SP

Nicola Pamplona
Rio de Janeiro

A Petrobras informou nesta quarta (30), que a paralisação de petroleiros não tem impactos na produção da companhia até o momento. A greve de 72 horas dos petroleiros começou no início da madrugada, com suspensão da troca de turno e atos nas portas de refinarias e bases da Petrobras.

A estatal diz que as paralisações são pontuais. "Equipes de contingência estão atuando onde necessário e não há impacto na produção", afirmou a empresa, em nota. Na terça (29), Petrobras e AGU (Advocacia Geral da União) conseguiram liminar judicial para suspender o movimento.

Para o (TST) Tribunal Superior do Trabalho, não há pauta de reivindicações que justifique uma greve. A mobilização foi mantida pelos petroleiros mesmo assim. Eles protestam contra a venda de ativos da estatal e, na última semana, incluíram o preço dos combustíveis na pauta para tentar ganhar apoio popular.

Tanques e dutos da Refinaria Gabriel Passos
Tanques e dutos da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim (MG) - Geraldo Falcão/Reprodução/Petrobras


Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), há mobilizações nas refinarias Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, Gabriel Passos, em Minas Gerais, Abreu e Lima, em Pernambuco, e Paulínia, a maior do país, em São Paulo. Além disso, a entidade diz que não houve troca de turno em plataformas da Bacia de Campos, área que tem tido grande adesão nas últimas greves da categoria.

A FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) contabiliza atos nas e Abreu e Lima, a maior do país, em São Paulo.   refinarias do Vale do Paraíba, em São Paulo, e Duque de Caxias, no Rio. Os petroleiros esperavam juntar-se aos caminhoneiros, que iniciaram paralisação no dia 21, mas começaram a desmobilizar esta semana. A Petrobras chegou a enviar carta aos empregados fazendo um apelo para que não aderissem à greve, diante da crise de abastecimento gerada pela paralisação nos transportes.

A avaliação do governo é que o mercado tem estoques suficientes de combustíveis para enfrentar uma greve de petroleiros com cortes na produção, já que as vendas ficaram represadas na última semana, enquanto as refinarias permaneceram em atividade.

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