Lucro do Itaú Unibanco cresce 3,9% no 1º trimestre com aumento de receita

Resultado foi impulsionado ainda por redução da provisão contra calote de clientes no período

Homem passa em frente a agência do Itaú no Rio de Janeiro: lucro cresceu 3,9% no 1º tri
Homem passa em frente a agência do Itaú no Rio de Janeiro: lucro cresceu 3,9% no 1º tri - Pilar Olivares/Reuters
Danielle Brant
São Paulo

O Itaú Unibanco teve aumento de 3,9% no lucro líquido recorrente no primeiro trimestre do ano, para R$ 6,419 bilhões. O resultado, que exclui efeitos de receitas e despesas extraordinários, foi impulsionado por um aumento da receita com prestação de serviços e seguros e pela queda da provisão contra calote de clientes.

Em relação ao quarto trimestre, o lucro cresceu 2,2%. 

As receitas com prestação de serviços e resultados de seguros do banco cresceram 7,3% em um ano, para R$ 10,130 bilhões. Esse aumento foi puxado pelos cartões de crédito (+6,5%) e pelos serviços de conta-corrente (+10,1%), com o maior número de correntistas, oferta de produtos e serviços diferenciados e inclusão das operações do Citibank. A receita com administração de fundos e consórcios cresceu 18,8%.

Na comparação com os três meses anteriores, porém, a receita total do banco caiu 3,4%, com recuo de cartões de crédito (-6,2%) devido à sazonalidade do período, segundo o Itaú.

As despesas totais do banco, incluindo operações em outros países da América Latina, cresceram 6,1%, para R$ 11,676 bilhões. As despesas operacionais cresceram 9,6%, as com pessoal avançaram 6,3% e as administrativas subiram 2,4%. 

Em relação ao quarto trimestre de 2017, as despesas caíram 7,9%, com a maior queda sendo registrada pelas despesas administrativas (-9%). As despesas com pessoal recuaram 7,8%, e as despesas operacionais diminuíram 8,7%. 

A redução do dinheiro reservado para calote de clientes foi outro fator que contribuiu para o lucro maior do Itaú no primeiro trimestre.

A despesa com provisão para créditos de liquidação duvidosa recuou 23,8% em um ano, para R$ 4,111 bilhões. Assim como Santander Brasil e Bradesco, o Itaú também recuperou menos créditos no período: a queda foi de 6,3%, para R$ 795 milhões.

A diminuição do dinheiro contra calotes acompanhou a queda da inadimplência do banco no Brasil: passou de 4,2% no primeiro trimestre de 2017 para os atuais 3,7% —mesmo patamar dos três últimos meses do ano passado.

CRÉDITO

A carteira de crédito do banco no Brasil somou R$ 451,1 bilhões no primeiro trimestre, queda de 0,6% em relação aos R$ 453,7 bilhões do mesmo período de 2017.

No país, houve aumento de 6% nos empréstimos para pessoas físicas, que totalizaram R$ 191,4 bilhões, e queda de 4,9% no crédito à pessoa jurídica —recuou para R$ 225 bilhões.

Na base anual, o maior aumento para pessoas físicas veio no cartão de crédito (15,6%) e do crédito imobiliário (4,3%), enquanto o financiamento de veículos caiu 3,1%. Para empresas, a maior queda ocorreu em linhas para grandes empresas (-8,3%).

Em relação ao trimestre anterior, houve queda de 0,7% nos empréstimos no Brasil: para pessoa física, o recuo foi de 0,1%, e para empresas, de 0,8%. A maior queda na pessoa física foi registrada na linha de cartões de crédito, com recuo de 2,9%. Na pessoa jurídica, a diminuição maior se deu em grandes empresas (-1,9%).

“Temos observado uma contínua e gradual recuperação da atividade econômica, que tem levado ao aumento da confiança de consumidores e empresários, notadamente no segmento de micro, pequenas e médias empresas", afirmou, em comunicado à imprensa,  Candido Bracher, presidente executivo do Itaú Unibanco. "Esse aumento de confiança tem naturalmente aumentado a demanda por crédito." 

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