Mais de 300 caminhões ainda se concentram na altura do km 280 da Régis Bittencourt, onde a paralisação dos caminhoneiros atraiu centenas de manifestantes na tarde deste domingo (28).
Moradores de Embu das Artes que apoiam o movimento dos caminhoneiros estiveram no acostamento com bandeiras do Brasil, camisetas da seleção e faixas com frases que condenam a corrupção e pedem a queda do governo do presidente Michel Temer.
Famílias levaram sopas, bolachas, pães e outros alimentos para dar suporte ao movimento.
O caminhoneiro Edelberto Gomes ---que não se identifica como liderança, mas é um dos que cuidam da organização do protesto no km 280 da Régis e da convocação de manifestantes da região --- afirmou que os caminhões não deixarão o local até que o governo aceite as propostas para a redução do custo do transporte no país. A principal reivindicação é a queda no preço do diesel.
"O governo federal deu para trás com a classe (dos caminhoneiros) e com a sociedade brasileira", disse para o grupo de moradores Edelberto Gomes, que se identificou apenas como caminhoneiro do Estado de São Paulo e negou que seja algum tipo de liderança na paralisação de caminhões.
Ele elogiou a resposta dada pelo governo de São Paulo.
Segundo Gomes, o governo do Presidente Michel Temer os "obriga" a continuar nas estradas enquanto não oferece "uma coisa boa para a população brasileira".
"Ninguém vai arredar o pé. A manifestação e a paralisação continuam pacificamente", disse Gomes, sendo interrompido diversas vezes por gritos de "Fora Temer".
"O governo federal não cumpriu com a parte dele no acordo. Se ele não tem condições, nós vamos ficar aqui até ele arrumar uma solução para o povo brasileiro por tempo indeterminado", disse.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.