Descrição de chapéu greve dos caminhoneiros

Ministro diz que negociações se esgotaram; país tem 557 pontos de bloqueio

Temer se reuniu na manhã desta segunda com ministros no Palácio do Planalto

Talita Fernandes Gustavo Uribe
Brasília

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (28), o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou que as negociações do governo com lideranças dos caminhoneiros se esgotaram.

"O presidente anotou as providências que tínhamos estabelecido, no nosso entendimento, o movimento dos caminhoneiros, as negociações que o governo tinha de fazer encerraram-se", disse o ministro após reunião do gabinete de monitoramento da crise.

Padilha informou ainda que o governo conseguiu desbloquear 728 pontos de obstrução e que as estradas brasileiras ainda mantêm 557 concentrações (acompanhe ao vivo).

"Começa a haver uma retomada no andamentos dos caminhões, mas ainda não é o que gostaríamos que acontecesse, porque o movimento ainda é lento"

Um dia após fazer a terceira concessão aos caminhoneiros, o presidente Michel Temer se reuniu na manhã desta segunda com ministros no Palácio do Planalto. 

"Nós fizemos nossa parte e agora esperamos que a outra parte cumpra com a sua e já começou a fazê-lo", afirmou Padilha.

O ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Sérgio Etchegoyen, reconheceu que, mesmo que a paralisação acabe nesta segunda-feira (28), a situação não será normalizada imediatamente.

"Nós não vamos chegar à normalidade no abastecimento de todos os itens de imediato, obviamente", disse.

Segundo ele, haverá ainda um "retardo" para a chegada de alimentos e combustíveis. De acordo com ele, a prioridade neste momento é o abastecimento de unidades de saúde.

"E estamos identificando aqueles que não são caminhoneiros e estão aproveitando desse momento crítico", disse.
 

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