O movimento que parou caminhões em todo o país não beneficiou nenhum político em especial. É o que apontam 61% dos ouvidos pelo Datafolha na terça (29).
É preciso ressaltar que eles falavam espontaneamente, já que o levantamento foi feito por telefone com 1.500 pessoas em todo o país, sem o auxílio usual de fichas com alternativas. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos.
Assim, um quarto (27%) dos pesquisados disse não ter opinião formada a respeito da colocação. O nome mais citado pelos entrevistados acabou sendo o do protagonista das negociações do governo com a categoria, o presidente Michel Temer (MDB), com 3%. Não que seu desempenho tenha sido bom, já que foi reprovado por 77% dos ouvidos.
Aparecem empatados com 1% de citações o deputado federal Jair Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o próprio PT. Bolsonaro, presidenciável pelo PSL, é o político mais associado ao movimento dos caminhoneiros, embora tenha adotado uma posição mais branda em seu apoio da semana passada para cá, pedindo o fim da paralisação.
Os principais pré-candidatos ao Planalto têm alternado apoio à causa dos caminhoneiros devido ao aumento do preço do diesel na bomba com defesa do fim da paralisação para retomar a normalidade na rotina brasileira.
Ao telefone, os entrevistados rejeitaram algumas teorias sobre a origem do movimento, que começou no dia 21. Para 57%, a paralisação não visa influenciar o processo da escolha do novo presidente, em outubro. Já 38% acreditam na hipótese, com 5% não sabendo opinar.
Os caminhoneiros agem por interesses próprios para 75% dos ouvidos, contra 19% que creem haver influência de grupos externos interessados em prejudicar o governo federal.
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