A gasolina de diversos postos da zona leste, na região do Itaim Paulista, AE Carvalho, Guaianases e São Miguel Paulista acabaram antes das 11h. O preço variava entre R$ 4 e R$ 4,50. Sem ter o que fazer, os frentistas apenas informavam os motoristas que paravam no local.
O funcionário de um posto em São Miguel disse que logo que abriram, às 5h30, o movimento intenso de veículos querendo abastecer não parou. Às 10h20 o estoque já estava no fim. O valor cobrado na gasolina era de R$ 4,29 e no etanol R$ 2,64. Ele ainda contou que desde o começo do mês todos os combustíveis só tiveram reajuste de R$ 0,10.
"Esse aumento absurdo precisa ser revisto. Estou apoiando a greve", completou o entregador José Martins, de 47 anos.
"Esse já é o quinto posto que venho porque os outros não tinham mais gasolina, mas não reclamo", contou o representante comercial Francisco Assis, de 56 anos.
Na zona norte, também por volta das 11h, diversos postos na região do Jaçanã e Tucuruvi também já estavam sem combustível. Segundo uma frentista, em Santana e no Horto Florestal ocorria o mesmo problema. "Estão vindo motoristas desses bairros procurando gasolina pelo Tucuruvi", contou ela.
Sem cerimônia e com um pouco de medo do que está por vir, ela diz que o pedido dos motoristas é quase sempre o mesmo: "Olha, 90% dos carros que vieram abastecer aqui hoje pediram para encher o tanque", revelou.
Desde a última terça-feira, 22, o combustível não é reposto nessa unidade e só na semana passada houve dois reajustes no valor da gasolina. "O preço estava em R$ 4, subiu para R$ 4,10 e agora é R$ 4,40".
A dona de casa Sueli Almeida, de 48 anos, preferiu encher o tanque de seu carro para garantir. "Se essa greve durar muito, pelo menos já me garanti pelos próximos dias".
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