Publicidade infantil deve educar, dizem analistas

A proibição dessa publicidade não é a saída mais adequada, dizem especialistas

Diana Lott
São Paulo

A educação para o consumo deve ser o foco da discussão sobre a publicidade voltada para o público infantil, segundo as especialistas que participaram da mais recente edição do Arena do Marketing, programa mensal promovido pela Folha em parceria com a ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e que teve mediação da jornalista Laura Mattos.

A proibição dessa publicidade não é a saída mais adequada, segundo as convidadas.

"Não há mais fronteira entre o que é publicidade e o que é conteúdo. A sociedade como um todo já entende isso, e estudos mostram que o consumidor não se incomoda com essa presença", disse Luciana Corrêa, coordenadora da área de pesquisa sobre Famílias e Tecnologia do ESPM Media Lab.

É necessário que os pais ajam como moderadores, diz Corrêa, cuja pesquisa é voltada às plataformas digitais.

Vanessa Vilar, presidente do comitê jurídico da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e diretora jurídica da Unilever, afirma que os anunciantes devem agir com responsabilidade em relação a esse público, mas sem retirar dos pais o papel de decidir sobre o que seus filhos consomem.

Ela também acredita que os patrocinadores das peças publicitárias devem contribuir na educação dos jovens consumidores. "A educação para o consumo é o que pode formar cidadãos mais responsáveis e informados que poderão fazer melhores escolhas."

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