Sem cebola e gás, baianas de acarajé recolhem tabuleiros na Bahia

Baixa oferta de ingredientes prejudicou comércio de rua no estado

Julia Rodigues dos Santos, que vende acarajé e abará há mais de 40 anos, em foto de 2015 - Raul Spinassé/Folhapress
João Pedro Pitombo
Salvador

A redução da oferta de ingredientes e de gás de cozinha devido à paralisação dos caminhoneiros fez com que muitas baianas de acarajé deixassem de montar seus tabuleiros nas ruas de Salvador. 

A cebola está em falta no mercado e chega a ser vendida por R$ 150 a saca. O ingrediente é fundamental para fazer o bolinho: para cada cinco quilos de massa de acarajé vai um quilo de cebola.

"Sem cebola não tem acarajé. E com o preço alto, muitas baianas não estão indo trabalhar", afirma Rita Santos, presidente da Abam, associação que representa as quituteiras.

O tomate, usado na vinagrete que acompanha o bolinho, também está escasso e é vendido por até a R$ 100 a caixa. A falta de gás de cozinha também é um problema enfrentado pelas baianas, que chegam a usar dez botijões em um mês. 

 
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