Foi durante uma solenidade da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), na noite desta quinta (24), que o presidente Michel Temer (MDB) anunciou um acordo para dar fim à greve de quatro dias de caminhoneiros que provocou uma crise de abastecimento no país.
Enquanto Temer assistia ao evento em comemoração ao Dia da Indústria, em Belo Horizonte, o governo e um grupo de caminhoneiros chegaram a um acordo para suspender por 15 dias as paralisações nas estradas.
"Antes de fazer as saudações de praxe, quero fazer uns brevíssimos comentários: o primeiro deles talvez seja dar uma boa notícia que eu acabo de receber", disse o presidente ao iniciar seu pronunciamento e anunciar o acordo.
"O chefe da Casa Civil está anunciando o pré-acordo feito com todas as categorias, será levado a Assembleia geral, eu espero que até amanhã está questão esteja solucionada."
Segundo Temer, as principais fontes do acordo foram as reduções do PIS/Cofins e da Cide sobre os combustíveis. Ainda em sua fala para empresários e industriais, Temer informou que convidou os secretários estaduais da Fazenda para discutir nesta sexta (25) também a redução do ICMS, imposto estadual.
"A incidência maior do tributo é um tributo de natureza estadual, é o ICMS, e nós queremos que amanhã nós também possamos retirar uma parcela do ICMS", disse Temer, sendo interrompido por aplausos da plateia.
A fala gerou um clima de constrangimento com o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), que havia acabado de discursar cobrando medidas de Temer para solucionar a crise, como a revisão da política de preços da Petrobras.
Em seu discurso e também em pronunciamento à imprensa, Temer exaltou as negociações do governo. "Eu sai hoje depois de fazer várias reuniões com a Petrobras, com o Ministério da Fazenda e Planejamento e todos os demais, passei pelo Rio, mas quando saí de lá, o acordo já estava avançado."
Em seu discurso e também em pronunciamento à imprensa, Temer exaltou as negociações do governo e disse que os caminhoneiros prestam um serviço inestimável ao país.
"Eu sai hoje depois de fazer várias reuniões com a Petrobras, com o Ministério da Fazenda e Planejamento e todos os demais, passei pelo Rio, mas quando saí de lá, o acordo já estava avançado."
"Confesso que eu saio daqui animado. Vou ainda a Brasília seguramente tentar encerrar essas negociações últimas para quem sabe amanhã nós possamos todos comemorar mais uma vez a vitória do diálogo", completou Temer.
O presidente afirmou ainda que não foram poucas as vezes que disseram a ele que as Forças Armadas deveriam ser acionadas. "Isso durou dois, três dias e nós não fizemos isso. Se fosse necessário, nós faríamos porque a autoridade haverá de estar sempre presente nos atos de governo."
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