Temer cita canibalização dos frangos como exemplo da crise de desabastecimento

Presidente repetiu que decidiu usar a força do estado diante do não cumprimento do acordo firmado nesta quinta

Brasília

Depois de fazer um pronunciamento, no qual anunciou um plano de segurança para liberação das estradas, o presidente Michel Temer usou a canibalização de frangos como exemplo do impacto da ação dos caminhoneiros, que já provoca desabastecimento.  

"Os frangos estão morrendo. Eu nem sabia que eles podiam canibalizar-se. Eles estão se canibalizando", disse. "Imagina o drama terrível que os produtores estão passando."

A fala do presidente foi feita durante o Confaz (Conselho Nacional de Polícia Fazendária), que reúne secretários de Fazenda dos estados. O encontro foi convocado para discutir mudanças na base de cálculo do ICMS sobre o diesel.

O presidente Michel Temer, ao centro, em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária
O presidente Michel Temer, ao centro, em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária - Cesar Itiberê/PR/Divulgação

A participação de Temer estava prevista para 11h, na abertura do encontro, que foi comandado pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Ele, contudo, só participou ao final devido a uma reunião de emergência convocada para discutir a continuidade da paralisação dos caminhoneiros.

 

Em sua breve fala, o presidente repetiu o pronunciamento, dizendo que o governo optou inicialmente pelo diálogo com os caminhoneiros, mas que com o não cumprimento do acordo pelo que ele chamou de "ala radical", decidiu usar a força do estado. 

Ao anunciar que vai usar as forças federais, Temer pediu que os governadores façam o mesmo. Para ele, uma minoria radical está impedindo "que muitos caminhoneiros levem adiante seu desejo de atender a população e fazer seu trabalho".

"Comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas. E solicitei aos senhores governadores que façam o mesmo", disse o presidente. "O governo terá coragem de exercer sua autoridade em defesa do povo brasileiro", disse no pronunciamento.

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