BC da Argentina lança novas medidas para acalmar mercados financeiros

Reservas bancárias aumentarão em 5 pontos percentuais para depósitos à vista e a prazo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Buenos Aires | Reuters

O Banco Central da Argentina anunciou nesta segunda-feira (18) novas medidas para acalmar o mercado cambial, depois de uma forte turbulência financeira na qual o peso se desvalorizou mais de 10% na semana passada.

A autoridade monetária disse que as reservas bancárias aumentarão em 5 pontos percentuais para depósitos à vista e a prazo, com um efeito total estimado de absorção de liquidez de cerca de $ 100 bilhões de pesos.

Operadores disseram que as exigências de reservas sobre instituições financeiras, que estavam em 20% para poupança e colocação em conta corrente, aumentarão 3 pontos percentuais, para 23%, e subirão para 25% no mês que vem.

"O aumento na exigência será em 21 de junho de 2018 (3 pontos percentuais) e em 18 de julho de 2018 (2 pontos percentuais adicionais)", disse o comunicado.

 

Além disso, o banco central detalhou as ofertas em moeda estrangeira, em outro passo para tranquilizar o mercado de câmbio.

A instituição disse que fará oferta de até US$ 400 milhões até esta terça-feira.

"Cada agente pode fazer até três ofertas, cada uma com um valor mínimo de um milhão de dólares, em incrementos de um milhão e sem limite máximo", informou.

Também foram flexibilizadas as exigências para que as entidades financeiras adquiram títulos públicos conhecidos como "Letes" em dólar no mercado secundário.

A autoridade monetária também autorizou os bancos a aumentarem sua posição global líquida em moeda estrangeira acima dos 5% permitidos e 30% de sua responsabilidade acionária computável (RPC), enquanto o excesso é integrado a Letes em dólares.

O anúncio das medidas vem após uma depreciação de mais de 10% no preço do peso na semana passada e em face de uma oferta volumosa de Lebac na terça-feira.

Os mercados argentinos permanecem cautelosos e na expectativa após recente acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) de US$ 50 bilhões e a dias da decisão a ser tomada pelo gestor do índice MSCI para incorporar ou não o país à sua referência de mercados emergentes.

Após o anúncio, o mercado de ações caia, liderado pela ações de instituições financeiras, enquanto o peso subia em relação ao dólar em meio à cautela.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.