O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quinta-feira (28) que não irá sinalizar uma tendência para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), no final de julho.
Na ata da última reunião, o comitê já havia evitado sinalizar os próximos passos.
"Não achamos que o momento rende indicação futura devido à incerteza. Temos choque na economia, que avaliar como os choques vão repercutir na atividade, se há algum impacto mais perene, algum efeito secundário", disse Goldfajn, durante a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação. "Não acreditamos que o momento é de indicação futura".
O presidente do BC disse ainda que os próximos dados sobre inflação e atividade estarão contaminados pela paralisação dos caminhoneiros. Para junho, por exemplo, o BC projeta uma inflação de 1,06%.
"Os próximos dados vão estar contaminados pelo choque da greve, tanto no caso da atividade econômica quanto da inflação. Vamos ter que separar os impactos desse choque do que é mais perene no longo prazo".
Goldfajn ressaltou a necessidade do Brasil realizar reformas estruturais para resistir a choques externos.
"Por algum tempo falamos do cenário benigno internacional, mas alertamos que não podíamos contar com esse cenário para sempre, que não seria perene", afirmou. "Portanto esse risco [de choque externo impactando a economia brasileira] se intensificou na última reunião do Copom", completou.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.