Disputa comercial entre EUA e China atrapalha o Brasil, diz ministro

Para Blairo Maggi, briga entre potências vai elevar preço da soja no Brasil

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Reuters

 A escalada da tensão comercial entre Estados Unidos e China “só vai atrapalhar o Brasil” e tende a elevar o preço doméstico da soja, com possível impacto negativo para a indústria de proteína animal, disse nesta terça-feira (19) o ministro da Agricultura brasileiro, Blairo Maggi.

As declarações foram dadas por Maggi antes de participar da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, onde um dos assuntos a serem tratados é o recente embargo europeu às carnes de aves do Brasil.

Para Maggi, as decisões do presidente dos EUA, Donald Trump, que têm gerado temores de um conflito comercial entre os norte-americanos e a China, são muito prejudiciais para o agronegócio brasileiro.

Na semana passada os EUA estabeleceram sobretaxas de 25% a 818 produtos chineses como telas do tipo touchscreen, baterias, aeronaves, navios, motores de carros, radares, equipamentos de diagnóstico médico e máquinas agrícolas, entre outros. As sobretaxas começam a valer no dia 6 de julho.

Em troca, Pequim anunciou, horas depois, tarifas retaliatórias de 25% a outros 659 produtos americanos, acusando os EUA de adotarem um "comportamento míope".

A tréplica do governo Trump foi ameaçar  impor uma tarifa de 10% sobre  US$ 200 bilhões  em produtos chineses.  

“Depois que o processo legal estiver completo, essas tarifas entrarão em vigor se a China se recusar a mudar suas práticas, e também se insistir em avançar com as novas tarifas que anunciou recentemente”, disse Trump.

A lista deixou de fora, porém, produtos comprados diretamente por consumidores americanos, como celulares, TVs e medicamentos --além de armas, que estavam no primeiro rol de punições, anunciado em abril.

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