Embraer dispara na Bolsa à espera de acordo com Boeing

Divulgação de notícia sobre eventual aval de Temer com americana fez ações subirem 6,12%

São Paulo

As ações da Embraer dispararam na Bolsa nesta terça-feira (12) após a divulgação de informações de que a negociação para uma parceria entre a companhia brasileira e a americana Boeing avançou mais um novo passo.

Os papéis, que foram negociados em baixa durante quase todo o pregão desta terça, dispararam após as 16 horas e fecharam com valorização de 6,12%, a R$ 24,78.

Logo da Embraer em convenção de aviação na Suíça - Reuters

Reação semelhante foi registrada com as ADRs (recibos de ações) negociadas em Nova York.

A agência de notícias Bloomberg noticiou que as negociações teriam tido um grande avanço após receberem o endosso do presidente Michel Temer --o governo brasileiro tem poder de veto no caso.

Ainda de acordo com a Bloomberg, uma segunda fonte próxima às negociações afirmou que as conversas entre as empresas deve terminar em algumas semanas.

Temer teria aceitado o acordo após a aprovação das Forças Aéreas, do Ministério da Defesa e da Secretaria de Assuntos Estratégicos.

A Folha apurou, no entanto, que não houve acordo ainda.

A notícia de que as duas empresas negociam a parceria circula desde dezembro de 2017. Pela proposta, será criada uma nova empresa, com controle da Boeing e participação da Embraer.

A união entre Embraer e Boeing resultaria na segunda maior aliança global do mercado de aviação, perdendo apenas para a união entre a Airbus e a Bombardier.

Desde então, as ações da companhia brasileira negociadas na B3 saltaram 50%. O valor de mercado da Embraer somou nesta terça-feira R$ 18,35 bilhões.

No início de maio, o ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, já havia dito que estava otimista com o andamento das negociações para uma associação entre Embraer e Boeing e esperava o fechamento de um acordo ainda neste ano.

Na ocasião, ele dissera também que as as negociações são complexas, dada a exigência do Brasil de preservar o braço estratégico de defesa da fabricante nacional.

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