Ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente já foi ministro da Casa Civil de FHC

Parente pediu demissão da estatal nesta sexta-feira (1º); leia perfil

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Pedro Parente, ex-presidente da Petrobras - Mateus Bonomi/Folhapress
Brasília

Recém-saído da presidência da Petrobras, Pedro Parente já foi ministro da Casa Civil do governo de Fernando Henrique Cardoso.

Leia abaixo perfil de Parente publicado quando ele assumiu a estatal, em 2016.

 

Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil do governo Fernando Henrique Cardoso, aceitou convite de Michel Temer e será o novo presidente da Petrobras.

Ex-presidente da Bunge Brasil, Pedro Parente é sócio na gestora de fortunas Prada ao lado da mulher, Lucia Hauptman.

Ele vai substituir Aldemir Bendine, que assumira o comando da estatal no início de 2015, no lugar de Graça Foster.

Bendine foi avisado na semana passada que deixará o cargo. Emissários de Temer pediram, porém, que esperasse a indicação do novo nome.

APAGÃO

Parente teve papel destacado no governo de Fernando Henrique Cardoso, chegando a ser ministro da Casa Civil, em 1999.

Seu principal desafio se deu no apagão de energia enfrentado pelo país em 2001. Com o país à beira de um colapso energético, o governo contou um gabinete especial para enfrentar a crise, coordenado por Pedro Parente: a Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica.

O racionamento, que se prolongou até os primeiros meses de 2002, desgastou a popularidade do presidente FHC, mas a avaliação da condução da crise por Pedro Parente, dentro do governo, foi positiva.

Na reta final do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, Parente era um dos auxiliares mais próximos do presidente, segundo sua biografia no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas.

O ex-ministro coordenou a transição entre o governo FHC e o eleito governo Lula, em 2002, e passou então a atuar no setor privado.

Foi do conselho de administração de TAM, ALL - America Latina Logística e Kroton Educacional e vice-presidente executivo do Grupo Rede Brasil Sul de comunicações.

BANCO CENTRAL

Nascido no Rio de Janeiro em 21 de fevereiro de 1953, o novo presidente da Petrobras começou a vida profissional no Banco do Brasil, em 1971, segundo o CPDOC da Fundação Getúlio Vargas.

Passou ao Banco Central em 1973, onde trabalhou na área de administração financeira, até 1984. Durante esse período, formou-se em engenharia eletrônica pela Universidade de Brasília, em 1976.

Foi secretário-geral adjunto do Ministério da Fazenda, de 1985 a 1986 e secretário-adjunto, secretário de Programação Financeira e secretário de Informática, na Secretaria do Tesouro Nacional de 1987 a 1988, no governo Sarney.

Na passagem entre o governo Sarney e o de Fernando Collor, foi secretário de Orçamento e Finanças do Ministério do Planejamento, de 1989 a 1990. De 1990 a 1991, presidiu o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).

Assumiu, em maio de 1991, a Secretaria de Planejamento do então Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, na gestão de Marcílio Marques Moreira, durante o governo Collor.

Nessa função, foi responsável pela elaboração e execução do orçamento da União e por negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Foi casado com Maria Luce de Carvalho, com quem teve três filhos, e com Gecy Belmonte, com quem teve uma filha. 

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