Descrição de chapéu câmbio dólar

Não há risco de crise cambial no Brasil, diz Temer

Segundo o presidente, o país dispõe de uma reserva de US$ 380 bilhões

Agência Brasil e Reuters

O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira (7) em entrevista ao programa Nos Corredores do Poder, da TV Brasil, que o governo tem todas as condições para enfrentar a alta do dólar. “Não há risco de crise cambial no Brasil”, afirmou.

Segundo Temer, o país dispõe de uma reserva de US$ 380 bilhões e uma dívida muito inferior a este valor, além de manter sob controle o ajuste fiscal e continuar recebendo investimentos de empresas estrangeiras.

Presidente Michel Temer - Reuters

Temer destacou ainda que não é apenas o Brasil que está sentindo os efeitos da valorização do dólar e da subida dos juros nos Estados Unidos, mas vários países, destacando México, Argentina e Colômbia.

Sobre a possível influência das eleições, Temer disse que o quadro eleitoral preocupa a economia e que as pessoas ficam instáveis com os resultados que as pesquisas apontam.

Para Temer, quando chegar o processo eleitoral os candidatos concluirão que terão que continuar o processo iniciado por seu governo, com ajuste fiscal “rigorosíssimo”.

Temer garantiu que a questão fiscal está sob controle no Brasil e as reservas internacionais do país são muito significativas.

DISPARADA DO DÓLAR

Nesta quinta-feira (7), o dólar disparou em relação ao real, com investidores especulando sobre os rumos políticos e econômicos do Brasil e em meio a uma aversão global a risco que atingiu os países emergentes.

O dólar comercial fechou em alta de 2,24%, cotado a R$ 3,925. No dia, chegou a subir mais de 3% e alcançou R$ 3,968, indicando que o patamar de R$ 4 vislumbrado por analistas até outubro é uma questão de tempo e pode vir antes. O dólar à vista avançou 3,03%, para R$ 3,938.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa, caiu 2,98%, para 73.851,41 pontos.

Para tentar conter a disparada da moeda americana, o Banco Central vendeu integralmente, nesta sessão, a oferta adicional de até 40 mil novos swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, totalizando US$ 2 bilhões.

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