Paralisação afetou crédito a empresa pelo BB, diz presidente do banco

Empréstimos a pessoas não foram impactados, segundo Paulo Caffarelli

O presidente do BB, Paulo Caffarelli, no Palácio do Planalto
O presidente do BB, Paulo Caffarelli, no Palácio do Planalto - Pedro Ladeira - 12.set,2017/Folhapress
Tássia Kastner
São Paulo

As concessões de crédito do Banco do Brasil a empresas recuaram após a paralisação dos caminhoneiros, afirmou o presidente do banco, Paulo Caffarelli, nesta quarta-feira (20). Já os empréstimos a pessoas não foram impactados.

No entanto, o presidente diz que o volume desembolsado pelo banco ao segmento pessoa jurídica neste ano ainda é maior que o do ano passado e, para ele, a tendência é que a demanda volte à normalidade assim que os efeitos dos bloqueios nas estradas se dissiparem.

Nesta quinta-feira (21), o início do movimento que parou o país completa um mês. Para acabar com a paralisação, após dez dias de manifestações, o governo cedeu a todos os pedidos dos caminhoneiros, entre eles a redução do preço do diesel nas bombas e a criação de uma tabela de preços mínimos de frete. O custo do combustível, no entanto, não caiu como prometido e a tabela de frete está sob forte questionamento, dificultando a retomada do escoamento da produção do país. 

Caffarelli disse que a desaceleração da economia não deve ter impacto sobre os empréstimos do banco. O BB prevê que o PIB crescerá 1,7% neste ano, abaixo dos 3% projetados inicialmente. Para ele, dado o processo de recuperação da economia, o avanço de 1,7% não deixa de ser um crescimento importante.

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