Setor bancário dispara e Bolsa recupera patamar de 70 mil pontos

Dólar fecha perto da estabilidade, a R$ 3,745, mesmo sem ação do Banco Central

A Bolsa brasileira ignorou as perdas registradas nos mercados acionários ao redor do mundo com a guerra comercial entre Estados Unidos e China e avançou mais de 2% nesta terça-feira, recuperando o patamar de 70 mil pontos apenas um dia após perdê-lo.

O desempenho positivo foi reflexo da disparada das ações dos bancos, que vinham sofrendo desde maio.

O Ibovespa avançou 2,26%, a 71.394 pontos. No pregão anterior, o índice havia recuado para abaixo dos 70 mil pontos pela primeira vez desde agosto do ano passado.

O setor financeiro acumula perdas na Bolsa desde que o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa básica de juros da economia em 6,5% ao ano, na reunião de 16 de maio, surpreendendo o mercado financeiro. 

Nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado, haverá nova decisão sobre a Selic. Economistas ouvidos pela agência Bloomberg esperam a manutenção da taxa.

Uma semana depois, a paralisação dos caminhoneiros adicionou pressão aos papéis do segmento, que deve sofrer com a desaceleração da economia e a menor demanda por crédito.

Os papéis preferenciais do Bradesco avançaram 5,17%, a R$ 26,20, enquanto os do Itaú ganharam 4,51%, para R$ 39,40. Banco do Brasil 

As ações do Bradesco haviam caído em nove dos 10 pregões anteriores, acumulando perdas de mais de 17%, enquanto Itaú fechou no vermelho em oito dessas sessões, com queda acumulada de quase 16%.

A alta desta terça, no entanto, não reflete mudanças nas perspectivas de investidores para o país, apenas um movimento técnico do mercado financeiro de recomprar ações.

O dólar fechou perto da estabilidade, a R$ 3,7450. Nesta terça-feira, no entanto, o Banco Central não fez nenhuma intervenção adicional no mercado para conter a volatilidade da moeda. Na semana passada, a autoridade monetária afirmou que poderia colocar US$ 10 bilhões em contratos de swap (equivalente à venda futura de dólar) no mercado.






 

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.