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Turbulências nos mercados aumentam dilema do Fed sobre os juros

Joe Rennison e Robin Wigglesworth Jornalistas do Financial times
Do Financial Times

O Federal Reserve (banco central dos EUA) está acostumado a enfrentar correntezas cruzadas, mas os investidores dizem que encontrar o equilíbrio entre a força da economia americana e a turbulência nos emergentes e na Europa vai exigir um timoneiro especialmente ágil neste ano.

"Creio que teremos três altas nos juros neste ano, e a possibilidade de uma quarta voltou a surgir", disse Jim Paulsen, estrategista chefe de investimentos do Leuthold Group. "A mensagem do mercado é que o Fed deve continuar com o aperto. E acho que o Fed vê a mesma mensagem."

Muitos investidores e analistas calculam que o Fed, com o aquecimento da economia americana, não será desviado de seu curso pelos problemas na Europa e nos emergentes.

"O Fed precisa se concentrar no crescimento estável de sua economia", disse David Kelly, da JPMorgan Asset Management. "Não pode se preocupar demais com o que está acontecendo em outros mercados."

Mas, para o presidente do banco central da Índia, Urjit Patel, o Fed precisar desacelerar seus planos.

"Agir assim ajudaria a amortecer o impacto sobre os emergentes e limitaria os efeitos sobre o crescimento mundial, transmitidos via cadeias de suprimento que abarcam tanto países desenvolvidos quanto economias emergentes. De outra forma, aumentará a possibilidade de uma 'parada súbita' na recuperação econômica mundial", disse.

"E isso poderia prejudicar também a economia dos EUA. As circunstâncias mudaram. A política do Fed também deveria mudar."

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