Depois de fechar na máxima em mais de dois anos, dólar cai a R$ 3,87

Com queda de mais de 1,5%, dólar zerou ganho sobre o real na semana

Tássia Kastner
São Paulo

O dólar caiu mais de 1% nesta sexta-feira 96) após fechar, na véspera, na cotação máxima desde março de 2016. Com isso, a moeda americana devolveu toda a valorização ante o real que acumulava na semana.

A moeda americana recuou 1,65%, a R$ 3,87. Na semana, a queda foi de 0,48%. O dia foi de menor volume de negócios devido ao jogo do Brasil, iniciado às 15h. Nessas ocasiões, o mercado tende a ficar ainda mais volátil. Na máxima do dia, o dólar chegou a ultrapassar os R$ 3,95; na mínima, foi a R$ 3,8630.

A disparada ocorreu após a divulgação de dados do mercado de trabalho americano, mas o mesmo conjunto de informações fez com que a moeda passasse a cair logo em seguida.

Os Estados Unidos criaram mais postos de trabalho que o esperado em junho, mas a taxa de desemprego subiu de 3,8% para 4%. Os salários avançaram 0,2%.

Outra notícia que seguirá no radar de investidores, a guerra comercial entre Estados Unidos e China, se materializou nesta sexta-feira com a entrada em vigor das tarifas impostas pelos americanos a produtos chineses. Prevista há meses, as taxas não mudaram a direção do câmbio e nem das Bolsas.

De uma cesta de 24 moedas emergentes, o dólar se desvalorizou ante 21 delas e avançou sobre três. O real foi a que mais avançou no dia.

No mercado interno, as notícias econômicas da semana vieram em linha com o esperado pelo mercado. Reflexo da paralisação dos caminhoneiros, a inflação de junho foi 1,26%, a maior em um mês desde 2016. O tombo de mais de 10% na produção industrial também já esperado pelo mercado financeiro.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.