Guerra comercial é ameaça para a economia mundial, diz Guardia

Para Ministro da Fazenda, aumento de tensões internacionais exige cautela de países emergentes

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Buenos Aires

Em entrevista a jornalistas em Buenos Aires, durante o encontro de ministros da Economia e dos presidentes do Banco Central do G20, o brasileiro Eduardo Guardia disse que a guerra comercial surgiu no fórum como uma ameaça para a economia mundial reconhecida pela maioria dos participantes.

“Quando olhamos a perspectiva internacional, é inegável que vemos ameaças no horizonte, a normalização da política monetária, riscos geopolíticos, há coisas que vêm afetando economias emergentes que tiveram desvalorização de suas moedas.”

O ministro disse que, desde a última reunião do grupo, em abril, houve uma “percepção de que os riscos aumentaram”. Nesse cenário, prosseguiu, “nós reiteramos a importância de que cada país aumente suas proteções. No caso do Brasil, essa proteção é seguir adiante com o processo de reformas, que nos ajudará a atravessar períodos de maior volatilidade”, afirmou.

Reafirmou, ainda, que “há uma preocupação comum a todos os países presentes com a escalada da tensão internacional e como isso pode ser negativo para o livre-comércio.”

O ministro da Fazenda Eduardo Guardia
O ministro da Fazenda Eduardo Guardia - Pedro Ladeira/Folhapress

Sobre a revisão do crescimento do PIB brasileiro, Guardia afirmou que “do início do ano para cá, várias coisas aconteceram, alguns fatores andaram de forma mais lenta do que acreditávamos, como o consumo das famílias, que foi menor, houve a deterioração de questões financeiras, o cenário externo ficou mais desafiador, isso afetou a dinâmica de crescimento, assim como a instabilidade que traz o cenário de transição política e de qual será o futuro das reformas. Pos isso nossa previsão de 1,6% de crescimento neste ano".

Sobre o cenário da transição próxima, Guardia afirmou que o governo “vai acelerar as linhas de defesa, pois aumentou a importância de aprovarmos rapidamente as reformas.”

Com relação à situação argentina, Guardia disse que apoia o acordo que o país fez com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e que seus pares no governo argentino estão preocupados com o crescimento econômico do Brasil e que impacto isso terá na economia local.

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