Petrobras e francesa Total assinam parceria para investir em eólica e solar

Acordo sinaliza mudança estratégica da brasileira após dois anos focada em pré-sal

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Rio de Janeiro

A Petrobras anunciou nesta terça (10) parceria com a francesa Total para avaliar projetos energia eólica e solar, acordo que sinaliza mudança estratégica da companhia após dois anos focada em acelerar a produção do pré-sal e recuperar suas finanças.

"Já começamos a olhar um pouco mais adiante e decidimos dar mais atenção ao assunto de renováveis", disse o diretor de Estratégia da companhia, Nelson Silva. A busca de alternativas de baixa emissão de carbono foi incluída no plano de estratégico de 2018.

Segundo ele, a parceria vai avaliar oportunidades de investimentos em energias renováveis no Brasil. A princípio, a ideia é aproveitar áreas que a Petrobras já tem na região Nordeste.

"A Total é uma empresa importante no setor [de renováveis], está adquirindo outras empresas, e nós temos áreas no Brasil. Vamos tentar fazer uma combinação dessas duas vantagens", disse o executivo.

O acordo inclui a Total Eren, empresa adquirida pela petroleira francesa em duas etapas, em 2017 e 2018, que já tem uma capacidade instalada de 950 megawatts (MW). A Total tem também duas subsidiárias de energia solar, que atuam desde a fabricação de painéis à operação de parques geradores.

A Petrobras tem hoje parceria em quatro parques eólicos, com capacidade total de 104 MW. Desde 2015, vem se desfazendo de negócios não relacionados à produção de petróleo, gás e combustíveis, como fábricas de fertilizante e petroquímicas.

Com a Total, assinou em 2016 aliança estratégica que resultou na transferência de fatias em campos do pré-sal e em duas usinas térmicas na Bahia.

Silva disse que ainda não há orçamento definido para a parceria em energias renováveis, mas o setor deve ganhar maior presença no novo plano de negócios da estatal, para o período entre 2019 e 2023, que ainda está em elaboração. 

O foco, porém, são novos projetos —embora aquisições de parques já em operação possam ser avaliadas.

O executivo descartou, porém, participação em leilões de projetos que a Eletrobras colocará à venda.

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