O leite vendido nos supermercados custou 36% mais em junho do que o comercializado em janeiro, de acordo com a Apas (Associação Paulista de Supermercados).

A maior parte do aumento, porém, está concentrada em junho, quando o produto subiu 19% nas gôndolas —ou 23% na cesta básica, passando de R$ 2,83 para R$ 3,48, conforme o levantamento do Procon-SP para o mês.

A redução da produção provocada pela falta de chuvas no início da safra e alta do dólar são os principais responsáveis pelo aumento do produto, mas a paralisação dos caminhoneiros também teve importante impacto nos preços no mês passado.

"Outros fatores tiveram peso, mas a greve impulsionou demais os preços", afirma o economista da Apas Thiago Berka. "Não é normal o leite subir 19% no mês."

A alta do leite ganha destaque mesmo diante do recorde histórico da inflação mensal registrado nos supermercados paulistas, que atingiu 3,55%. O recorde anterior havia sido de 2,97%, em junho de 2008.

No caso do avanço geral dos preços, a crise nas estradas é apontada com a grande responsável. "A causa é a greve, todos os indicadores mostram isso", diz Berka.

Para os próximos meses, há tendência de queda de preços para itens que tiveram seus preços exclusivamente afetados pelo movimento dos caminhoneiros, como é o caso do frango, cuja alta em junho foi de 22%.

PREÇO NAS ALTURAS

A alta dos preços nos supermercados paulistas bateu recorde em junho. 

Leite e frango estão entre os produtos que mais subiram. A greve dos caminhoneiros é apontada como a principal causa da inflação 3,55% registrada nos supermercados do estado de São Paulo em junho. O recorde anterior para o mês havia sido batido em junho de 2008, quando o índice atingiu 2,97%.

No caso do frango, a culpa é toda da greve, já que a paralisação causou a morte de 70 milhões de aves. 

O QUE MAIS SUBIU