China continuará a responder aos EUA em disputa comercial, diz ministro

Liu Kun disse que aumentará gastos para apoiar desempregados afetados pelo conflito

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Pequim | Reuters

A China continuará a responder aos Estados Unidos conforme mais tarifas comerciais forem impostas pelos norte-americanos, mas suas contramedidas serão adotadas de forma a evitar danos a empresas, sejam elas locais ou estrangeiras, disse o ministro das Finanças, Liu Kun.

Por enquanto, o impacto dos "atritos comerciais" entre China e EUA sobre a economia chinesa tem sido pequeno, mas ele está preocupado com a potencial perda de empregos, disse Liu à Reuters na quinta-feira (24), em entrevista no Ministério das Finanças, a primeira à imprensa desde que assumiu o cargo em março.

Ministro das finanças chinês, Liu Kun, em entrevista a jornalistas - Reuters

Ele explicou que o governo chinês irá aumentar os gastos para dar apoio aos trabalhadores e desempregados que forem afetados pelo conflito comercial, e prevê o aumento da emissão de títulos por governos locais para investimento em infraestrutura neste ano, superando a marca de 1 trilhão de iuanes (145,48 bilhões de dólares) até o final do trimestre atual.

O conflito comercial se intensificou na quinta-feira, quando os EUA e a China adotaram mais tarifas sobre produtos um do outro. Desde o início de julho, as duas maiores economias do mundo adotaram tarifas sobre um total somado de 100 bilhões de dólares em bens.

"A China não quer entrar em uma guerra comercial, mas vamos responder firmemente a medidas abusivas adotadas pelos Estados Unidos", disse Liu. "Se os Estados Unidos persistirem com essas medidas, vamos adotar ações de forma proporcional para proteger nossos interesses."

Até a gora, a China impôs ou propôs tarifas sobre 110 bilhões de dólares em produtos dos EUA, representando a maior parte de suas importações de produtos norte-americanos. Petróleo e grandes aeronaves são importantes produtos dos EUA que ainda não foram alvos de taxas.

Negociações comerciais entre autoridades norte-americanas e chinesas terminaram na quinta-feira sem qualquer sinal de grande avanço.

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