Chuvas prejudicam moagem de cana, mas produção de etanol volta a crescer

Moagem caiu 26,13%, alcançando 33,56 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de agosto

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Ribeirão Preto (SP)

O total de cana-de-açúcar moída nas usinas do centro-sul do país caiu na primeira quinzena de agosto devido às chuvas, mas nem isso impediu que o volume de etanol fabricado apresentasse crescimento em relação ao ano passado.

É o que aponta relatório da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) divulgado nesta sexta-feira (24).

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Colheita de cana-de-açúcar em Sertãozinho, no interior de São Paulo - Joel Silva/Folhapress

Segundo a entidade, a moagem de cana caiu 26,13%, alcançando 33,56 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias de agosto, ante as 45,44 milhões de toneladas do mesmo período na safra passada.

Isso ocorreu por causa das chuvas do início do mês em algumas regiões produtoras, que perderam em média cinco dias de moagem.

Entre as regiões atingidas estão as de São Carlos, Piracicaba e Assis, no interior paulista, e o estado do Paraná. As chuvas de agosto, porém, estão longe de amenizar o impacto provocado pela seca nos canaviais, que fará com que haja quebra de produção.

No período, a produção de etanol cresceu 1,10%, com 1,98 bilhão de litros, ante 1,95 bilhão da mesma quinzena do ano anterior.

O hidratado, utilizado diretamente nos veículos bicombustíveis, teve alta de 23,08% na produção, para atender a demanda –os preços estão mais vantajosos que os da gasolina.

Já o etanol anidro, que é misturado à gasolina antes da comercialização, teve queda de 26,75% no mesmo período.

Para produzir mais etanol mesmo tendo menos cana, as usinas diminuíram a produção de açúcar, que caiu 45,90% na quinzena.

 A queda já foi observada ao longo dos últimos meses. Mais vantajoso financeiramente às usinas, o etanol tem sido a opção das unidades produtoras.

Em postos do interior de São Paulo, o etanol tem sido encontrado nesta semana com preços inferiores a R$ 2 o litro.

Apenas 36,37% da cana disponível foi destinada à produção de açúcar na atual safra, ante os 48,69% em igual período do ano passado.

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