Confiança de executivos em mídia social está caindo, diz pesquisa global

87% dizem que Google e Facebook precisam fazer mais para combater notícias falsas

São Paulo

Pesquisa da britânica Synergy Research and Consulting, com 1.587 executivos globais, levantou que a maioria acredita que as plataformas digitais precisam ampliar seu combate às notícias falsas.

Segundo o levantamento, 87% dos entrevistados "concordam que o Google e o Facebook deveriam fazer mais para controlar 'fake news' ou conteúdo não apropriado".

E 81% "concordam que o Facebook e o Google deveriam ser responsabilizados pelo conteúdo que carregam em suas plataformas".

Os resultados são da terceira edição anual da pesquisa, que foi encomendada pelo Reuters Plus, estúdio de "branded content" do grupo Thomson Reuters, da agência de notícias de mesmo nome.

No período, vem caindo a proporção dos executivos que dizem "confiar nas notícias compartilhadas por sua rede em mídia social": de 32% em 2016 para 28% em 2017 e 24% em 2018. Também caiu o percentual dos que compartilham notícia em mídia social, de 49% em 2017 para 38% agora.

De maneira geral, 85% afirmam hoje que "as 'fake news' os fizeram duvidar da confiabilidade das notícias compartilhadas em mídia social".

E 76% dizem que a "personalização", o fato de receberem notícias adequadas aos seus perfis plataforma, "estreita as ideias".

Paralelamente, enquanto as plataformas de tecnologia enfrentam queda na apreciação dos executivos, o jornalismo profissional cresce, com 80% dos entrevistados afirmando que o nome do veículo jornalístico "é uma marca de qualidade numa notícia".

Para Munira Ibrahim, vice-presidente sênior da Reuters, o levantamento revela que "executivos estão em busca de conteúdo factual e imparcial num ambiente confiável" e confirma "a importância duradoura de marcas confiáveis numa era de notícias falsas".

Entre outros dados levantados, 88% afirmam "se voltar para marcas noticiosas online para obter análise aprofundada de uma notícia", contra 12% para mídia social.

A Synergy também questionou os entrevistados quanto às inovações tecnológicas que devem influenciar mais o futuro dos seus próprios negócios.

 De 2017 para 2018, inteligência artificial saltou de 35% para 53%, seguida por segurança cibernética (50%) e análise de dados (46%).

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