CVM abre novo processo contra Joesley e Wesley Batista, da JBS

Autarquia faz nova acusação contra donos da companhia e outros conselheiros

Ana Paula Ragazzi
São Paulo

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu um novo processo sancionador contra os donos da JBS e dois integrantes do conselho da empresa. 

Na qualidade de conselheiros, os controladores José Batista Sobrinho e os filhos dele, Joesley e Wesley Batista; além de Humberto Junqueira de Farias e Tarek Mohamed Noshy Nasr Mohamed Farahat são acusados de não terem tomado os devidos cuidados no monitoramento da política de hedge da empresa mesmo após as mudanças de estratégia verificadas na companhia em abril de 2016 e em maio de 2017.

A família Batista e Farias, segundo a CVM, também não tiveram a devida atenção  ao tratar de assuntos referentes às alterações propostas por uma "consultoria contratado pela JBS"  entre junho e dezembro de 2013. A autarquia não forneceu mais detalhes sobre essas acusações. Nos dois casos, eles são acusados de terem  infringido  o artigo 153 da Lei 6.404. 

Procurada, a JBS disse que não faria comentários sobre processos específicos e que se mantém à disposição da CVM.

Ainda há na autarquia outros oito processos administrativos, que podem ou não evoluir para processos sancionadores. Outras duas investigações já têm acusações formuladas contra os irmãos Batista. Elas tratam de negociações de posse de informação privilegiada, manipulação de mercado, abuso de poder de controle, além de operações com contratos futuros de dólar.  

Esses processos foram iniciados após a delação dos irmãos Batista, em maio de 2017. Depois de Joesley entregar gravação de conversa com o presidente Michel Temer à Procuradoria Geral da União, a CVM passou a investigar negociações dos executivos com ações da empresa e também no mercado cambial, entre outras apurações.

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