Fundo soberano de Singapura e Squadra Investimentos avaliam leilão da Cesp, diz agência

Presidente da Cesp disse na semana passada que reuniões com algumas empresas chegaram a ser realizadas

São Paulo | Reuters

O GIC (Fundo soberano de Singapura, em português) está interessado no leilão de privatização da elétrica paulista Cesp, agendado pelo governo de São Paulo para 2 de outubro, assim como a gestora de recursos Squadra Investimentos, disse nesta quarta-feira (22) uma fonte com conhecimento das conversas.

Executivos do GIC no Brasil chegaram a participar de uma reunião na Cesp para ter mais informações sobre a companhia e o processo de desestatização, em uma comitiva que contou ainda com representante do banco de investimentos Itaú BBA, ainda de acordo com a fonte, que falou sob a condição de anonimato por não ter autorização para conversar com jornalistas.

A Squadra Investimentos também participou de encontro sobre a Cesp, acompanhada de um representante da VLB Engenharia, empresa de engenharia de projetos e consultoria com experiência no setor de energia hidrelétrica, disse a fonte.

O presidente da Cesp, Almir Martins, disse na semana passada que a estatal tem atraído interesse de investidores e que reuniões técnicas com algumas empresas chegaram a ser realizadas.

Procurados, GIC, Squadra Investimentos, Itaú BBA e VLB Engenharia não responderam de imediato a pedidos de comentário.

A Cesp e o governo paulista também não responderam de imediato a pedidos de informações sobre o processo.

O Pátria Investimentos, empresa de gestão de recursos com participação da Blackstone, que também avalia a Cesp, também chegou a realizar visita na companhia, disse a fonte.

Além dessas empresas, a francesa Engie também estuda disputar o leilão da Cesp, mas ainda sem uma decisão, conforme declarações públicas de executivos da companhia.

A Cesp opera 1,65 gigawatt em hidrelétricas em São Paulo, e a maior parte da capacidade é da usina Porto Primavera.

O governo federal vai cobrar um bônus de outorga de R$ 1,37 bilhão no leilão de privatização da Cesp, em troca de uma já acertada renovação por 30 anos da concessão de Porto Primavera.

Em paralelo, o governo paulista definiu um preço mínimo de R$ 14,30 por papel para suas ações na Cesp, ou cerca de R$ 1,66 de reais por toda a fatia estatal na companhia.

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