Justiça do DF bloqueia R$ 263 mi da BR Distribuidora em caso que investiga cartel

Foram denunciadas 28 pessoas, dentre as quais um empregado e dois ex-funcionários da companhia

São Paulo | Reuters

A BR Distribuidora, controlada pela Petrobras, informou nesta quarta-feira (1º) que a Justiça do Distrito Federal determinou bloqueio de R$ 263 milhões de contas da companhia como medida preventiva para eventual ressarcimento dos prejuízos causados por supostos crimes investigados no âmbito da Operação Dubai.

A distribuidora de combustíveis da Petrobras informou que em desdobramento da operação, que investiga organização criminosa dedicada à formação de cartel no mercado de revenda de combustíveis no Distrito Federal, foram denunciadas na terça-feira (31) 28 pessoas, dentre as quais um empregado e dois ex-funcionários da companhia.

A BR esclareceu ainda em nota que não é ré no processo criminal e que está adotando todas as medidas legais disponíveis para a liberação dos valores bloqueados.

CURITIBA

A operação Margem Controlada, deflagrada na manhã de terça-feira (31) em Curitiba (PR), prendeu oito executivos das três maiores distribuidoras de combustível do país, suspeitos de controlar ilegalmente o preço final do litro nos postos da capital paranaense.

Foram presos temporariamente três assessores comerciais da Petrobras Distribuidora S.A (BR Distribuidora), um gerente comercial e um assessor da Ipiranga Produtos de Petróleo S.A e um gerente e dois assessores comerciais da Raízen, que opera com a bandeira Shell.

A BR Distribuidora disse que "pauta suas atuações pelas melhores práticas comerciais, concorrenciais, a ética e o respeito ao consumidor" e que exige o mesmo comportamento de seus parceiros.

A Raízen diz que acompanha o caso e que está à disposição das autoridades para esclarecimentos. "Importante reforçar que os preços nos postos de combustíveis são definidos exclusivamente pelo revendedor, e a Raízen não tem qualquer ingerência sobre isso", disse a empresa, em nota.

A Ipiranga também negou exercer qualquer influência sobre o preço cobrado nas bombas, e disse que as medidas cabíveis serão tomadas assim que tiver acesso ao inquérito.

"A empresa ressalta que não incentiva práticas ilegais, não compactua com atividades que violem o seu Programa de Compliance e preza pela transparência e ética em todas as suas ações e relações."

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