O ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne, disse nesta segunda-feira (27) que a economia do país cairá “ao menos 1% neste ano” por conta dos efeitos da seca, que afetou o agronegócio.
O ministro diz seguir acreditando na recuperação da economia em 2019, com projeção de crescimento para o próximo ano de 1,5%.
O presidente Mauricio Macri disse que o país vive uma “tormenta” causada pelos efeitos da guerra comercial que atinge as economias e moedas dos países emergentes, e que virão meses difíceis. O dólar segue em alta, custando 32,4 pesos, e a meta da inflação continua sendo descumprida, com uma projeção para o ano acima dos 23%, quando o estimado pelo governo era 15%.
A pressão para melhorar esses números é agora maior, uma vez que a linha de crédito "stand up" pedida ao FMI, de US$ 50 bilhões, está vinculada a uma melhora desses números.
Dujovne também afirmou que o governo argentino pediu um adiantamento para agora de US$ 3 bilhões que estavam previstos para serem entregues até o fim do ano. O adiantamento foi pedido para tentar conter a alta do dólar, segundo o ministério da Fazenda.
Dujovne se disse otimista na redução do déficit orçamentário de 5% para 3% do PIB em 2019. Afirmou ainda que o período recessivo que a Argentina enfrenta terminará em dezembro. Segundo o Indec (o IBGE local) a atividade econômica teve uma queda de 6,7% em junho.
Indagado sobre o impacto que podem ter os “cadernos da corrupção” —escândalo que colocou vários empresários do ramo da construção na mira da Justiça— o presidente Mauricio Macri disse que irá propor a criação de um fundo para garantir o financiamento de obras públicas que corram o risco de serem interrompidas caso estas empresas sejam impedidas de seguir trabalhando ou seus presidentes sejam presos.
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