Natura tem queda de 80,5% no lucro do 2º trimestre

Fabricante de cosméticos teve lucro líquido de R$ 31,8 milhões

São Paulo | Reuters

A fabricante de cosméticos Natura & Co teve lucro líquido de R$ 31,8 milhões no segundo trimestre, queda de 80,5% ante um ano antes, com impacto de custos relacionados à rede de lojas The Body Shop e despesas financeiras.

O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado subiu 12% mesma base de comparação, para R$ 334,4 milhões. A margem recuou 4 pontos percentuais, para 10,8% no segundo trimestre.

 
quatro sabonetes brancos com a caixa vermelha ao lado
Conjunto de sabonetes de marca Natura - Divulgação

No segundo trimestre, a última linha do balanço foi impactada pelos custos de R$ 37,5 milhões com reestruturação da The Body Shop e por despesas financeiras de R$ 57,8 milhões relacionadas à sua aquisição em julho de 2017.

No período de abril a junho, a receita líquida consolidada da Natura avançou 53%, somando R$ 3,1 bilhões.

A marca Natura foi responsável pela maior fatia da receita no período, de R$ 2,06 bilhões, com crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. 

No Brasil, a receita líquida da Natura cresceu 6,7% no segundo trimestre, beneficiada pelo deslocamento da campanha do Dia das Mães, embora tenha sido afetada de forma negativa pela greve dos caminhoneiros.

Na América Latina, o aumento das vendas da marca foi de 20,6%, impulsionado pelo desempenho na Argentina e no México, além de aumento do número de consultoras e ganhos de produtividade.

A marca The Body Shop teve queda pro forma de 1,1% na receita líquida no período de abril a junho, somando R$ 806,7 milhões. O desempenho, segundo a empresa, já era previsto, uma vez que "o primeiro trimestre foi beneficiado pelo calendário comercial e pela venda aos franqueados".

Já a Aesop, outra marca do grupo, mostrou alta de 55,2% na receita líquida do período, sendo que em moeda constante, a alta foi de 36,6%.

As despesas financeiras líquidas no período de abril a junho somaram R$ 145 milhões, enquanto um ano antes a empresa registrou receita financeira líquida de R$ 14,1 milhões. O montante de R$ 34,6 milhões em empréstimos e aplicações respondeu pela maior parte das despesas financeiras do período.

A Natura informou mais cedo a nomeação de Viviane Behar de Castro, ex-Fleury, como diretora de relações com investidores da empresa. O anúncio acontece após a companhia divulgar em abril a nomeação de José Antonio de Almeida Filippo como vice-presidente de finanças.

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