Operação em SP apura fraudes em postos na paralisação dos caminhoneiros

Agentes fiscais vistoriaram 84 estabelecimentos em todo o estado, e 25 foram lacrados

Gabriela Sá Pessoa
São Paulo

A Secretaria da Fazenda de São Paulo deflagrou, nesta sexta (10), a Operação Tanque Seco que apura indícios de sonegação e outras fraudes em postos de combustível durante a paralisação dos caminhoneiros, em maio.

Os agentes fiscais vistoriaram 84 postos em todo o estado ---até o fim da manhã, 25 tinham sido lacrados e 6 milhões de litros de gasolina, diesel e etanol estavam sob investigação.

Ao analisar notas fiscais emitidas, a Fazenda identificou diferenças brutais entre o volume de combustível que entrava e o que era vendido.

“Foi verificado, no fim de maio, que alguns postos ou não tiveram ou tiveram muito pouca aquisição de combustível e grande diferença de entrada e saída. Em um caso extremo, teve posto que não adquiriu nenhum combustível. Isso é um indício grande de fraude”, diz o inspetor fiscal Edgar Kishida, que coordena parte da operação na capital.

A objetivo da operação desta sexta era coletar mais informações nos estabelecimentos. Os que tinham indícios mais consistente de fraudes tiveram a inscrição estadual suspensa e, com isso, não podem mais comercializar.

“A partir dessa coleta, vamos analisar o que pode ter acontecido. Num caso extremo, pode até ocorrer a cassação definitiva”, afirma Kishida.

Segundo estimativas do estado, a perda da arrecadação prevista entre maio e junho foi da ordem de R$ 257 milhões, sob impacto da paralisação dos caminhoneiros. Esse valor, no entanto, inclui outros setores da economia, não só os diretamente influenciados pela mobilização.

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