Uber investe R$ 250 milhões em centro de inovação para segurança em SP

Unidade deverá contar com 150 especialistas e começa a funcionar no quarto trimestre do ano

São Paulo

A Uber irá investir R$ 250 milhões em cinco anos em um centro de inovação em São Paulo, o primeiro na América Latina.

Com expectativa de contar com 150 especialistas, a unidade terá como foco o desenvolvimento de recursos para segurança em seu serviço.

O centro iniciará suas operações no quarto trimestre deste ano.

Um dos principais objetivos da empresa é tornar para tornar mais seguro para seus motoristas aceitarem dinheiro, um método de pagamento chave para a expansão da empresa na América Latina.

O Brasil é o segundo maior mercado nacional do Uber, depois dos Estados Unidos, com 1 bilhão de corridas nos últimos quatro anos e que gera lucro, segundo executivos. 

No entanto, a necessidade de aceitar dinheiro para o pagamento de corridas, em vez de apenas cartões de crédito e de débito como nos Estados Unidos, também trouxe desafios de segurança.

"É extremamente importante para nós apoiarmos o pagamento em dinheiro", disse o diretor de produtos de segurança do Uber, Sachin Kansal.

"Há um certo segmento da sociedade que não tem acesso a cartões de crédito e esse é também o segmento da sociedade que provavelmente tem mais necessidade de transporte conveniente e confiável."
 

Em nota, a companhia afirma que seu presidente-executivo, 
Dara Khosrowshahi, tornou a segurança a principal prioridade da empresa.

As tecnologias desenvolvidas em São Paulo podem se transformar em novos recursos e funções do aplicativo de mobilidade para todo o mundo, afirma a Uber. 

A empresa também tem centros de desenvolvimento em 
Louisville, Nova York, Palo Alto, Pittsburgh, São Francisco e Seattle, nos EUA; em Amsterdã, Paris, Sofia e Vilnius, no continente europeu; e em Bangalore e em Hyderabad, na Índia.

A Uber lançou em julho um botão para acionar recursos de segurança em seu aplicativo.

Kansal disse que o Uber também está usando aprendizado de máquina para bloquear viagens consideradas arriscadas antes de acontecerem. 

Ele se recusou a compartilhar o número de viagens que foram sinalizadas por seus sistemas.

Com Reuters

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