A FSB Comunicação, maior empresa de relações públicas do Brasil, e a Loures, agência de porte médio fundada por Alexandre Loures, ex-chefe de comunicação da Ambev por 14 anos, fecharam uma fusão.
A transação não envolveu dinheiro, mas troca de ações. Segundo Alexandre Loures, a empresa vai entregar 100% de suas ações para a FSB e, em troca, receberá uma fatia da holding.
A informação foi antecipada pelo site de notícias Brazil Journal.
É a primeira operação de fusão feita pela FSB em 38 anos, empresa que atende mais de 150 clientes, dentre os quais BTG Pactual, Grupo Pão de Açúcar, JBS, a holding do Bradesco e Banco do Brasil.
Segundo Loures, em entrevista à Folha, a proposta é que a FSB atue no mercado com duas agências distintas. O foco é avançar no mercado privado, principalmente em São Paulo.
Para isso, a FSB vai manter a marca Loures, sua carteira de clientes e funcionários. As sinergias se concentrarão nas áreas de tecnologia e nos setores jurídico e financeiro, por exemplo.
No início do ano, a FSB passou por uma reestruturação, ao separar as carteiras de clientes públicos e privados em duas empresas.
Melchiades Filho, ex-jornalista da Folha de S.Paulo, passou a comandar a carteira de clientes privados e, segundo o Brazil Journal, costurou a aliança com Loures, também ex-Folha.
Quando Loures estava na Ambev, a companhia era cliente da FSB, diz o site noticioso.
Em meio à retomada lenta da economia, Alexandre Loures lembra que as empresas oferecem, não só assessoria de imprensa, mas comunicação estratégica, o que abre espaço para crescimento mesmo em época de crise.
Loures diz ainda que o negócio se diferencia por ser uma fusão entre duas empresas de comunicação brasileiras, "algo diferente do que o mercado vem apresentando".
Nos últimos anos, grupos estrangeiros fizeram grandes negócios no setor, como a WPP, dona da Burson Cohn & Wolfe, e a Omnicom, dona da CDN e sócia do Grupo In Press.
A Loures é uma agência de médio porte cujo primeiro cliente foi o grupo Cosan e hoje representa mais de 20 contas, incluindo a Península, veículo de investimento do empresário Abilio Diniz, Kraft Heinz, Burger King, Mondelez e Pearson.
Segundo o Brazil Journal, a FSB espera faturar R$ 240 milhões em 2018, o dobro da segunda colocada no ranking. A Loures prevê receita de R$ 21 milhões.
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