A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) irá entrar com novo pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender o reajuste na tabela dos fretes rodoviários e pedir agilidade no julgamento das ações que contestam a medida instituída após os protestos de maio.
O anúncio ocorre horas depois de a reguladora ANTT publicar um novo tabelamento de fretes, com impacto médio de 5%, a depender da carga, incorporando a alta da semana passada no preço do diesel.
Para a CNA, que disse já ter identificado altas de 3,15% a 6,82% para o frete de cargas geral, granel e frigorificada, a nova tabela “vai trazer ainda mais prejuízos e insegurança jurídica ao setor agropecuário e à sociedade”.
Em nota, a assessora técnica da Comissão Nacional de Infraestrutura e Logística da CNA, Elisangela Pereira Lopes, disse que, no atual ritmo de aumento, em um ano o tabelamento pode subir até 30%.
“Nenhum índice de inflação teria um reajuste tão alto. E o produtor não tem seus produtos reajustados dessa maneira. Os produtos do agro, quando exportados, têm seus preços estipulados pelas bolsas de valores internacionais. É uma insegurança jurídica muito grande para o setor”, afirmou.
“Está ficando impraticável transportar produtos agropecuários. Para o milho, os custos do transporte já correspondem 70% do valor do produto no mercado internacional”, acrescentou.
O Brasil é o maior exportador global de soja e o segundo de milho e depende fortemente do transporte rodoviário para escoar sua produção.
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