Brasil diz que Índia abriu seu mercado de carne suína ao país

Abertura ocorre em momento em que nações, especialmente na Ásia, sofrem com focos de Peste Suína Africana

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São Paulo | Reuters

O Ministério da Agricultura e a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que representa o setor de carne suína e de aves, informaram nesta quarta-feira (26) a abertura do mercado indiano para a carne suína do país.

A informação sobre a abertura à carne brasileira pela Índia, um país com 1,3 bilhão de habitantes, foi recebida pelo Ministério da Agricultura brasileiro na terça-feira.

A assessoria de imprensa do ministério confirmou a informação por telefone na quarta-feira.

"Se por um lado é uma vitória para o Brasil, por outro, é o reconhecimento da capacidade brasileira de ofertar produtos com excelência acerca da qualidade dos produtos e do preservado status sanitário", afirmou em nota presidente da ABPA, Francisco Turra.

Carcaças de porcos pretos no frigorífico Montesano, na Espanha
Abertura ocorre em momento em que nações, especialmente na Ásia, sofrem com focos de Peste Suína Africana - Luiza Fecarotta/Folhapress

Ele ressaltou que a abertura ocorre em um momento em que algumas nações, especialmente na Ásia, sofrem com focos de Peste Suína Africana, o que tende a impactar os estoques dos países produtores.
A ABPA não apresentou quanto o Brasil poderia exportar adicionalmente com a abertura da Índia. Também não detalhou a partir de quando isso poderia acontecer.

De acordo com Turra, as negociações entre brasileiros e indianos para a viabilização das exportações de carne suína estavam na pauta das relações comerciais dos dois países há, pelo menos, quatro anos, e a agilização das tratativas ocorreu após visita do Ministro Blairo Maggi à Índia.

Com uma renda per capita crescente, a Índia passa por um intenso processo de urbanização, o que gera a necessidade de oferta de produtos com maior presença de proteínas animais na composição da cesta de alimentos, ressaltou a ABPA em nota, vendo oportunidades de negócios.

"Neste contexto, o setor brasileiro buscará preencher lacunas não ocupadas pelos produtores locais, como o food service para hotéis e outros nichos de mercado emergentes", disse o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, também em comunicado.

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