Brasil tem superávit de US$ 3,775 bi em agosto, abaixo do esperado

Importações subiram 35,3% sobre o mesmo mês do ano passado

Brasília | Reuters

O Brasil registrou superávit comercial de US$ 3,775 bilhões (R$ 15,5 bilhões) em agosto, divulgou o Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) nesta segunda-feira (3), pior resultado para o mês desde 2015 (US$ 2,685 bilhões), afetado pelo aumento das importações em ritmo mais forte que das exportações.

Em agosto, as importações subiram 35,3% sobre o mesmo mês do ano passado, pela média diária, a US$ 18,777 bilhões (R$ 77,5 bilhões). E isso ocorreu apesar do salto de 8,46% do dólar frente ao real no período, marcado por volatilidade no cenário externo e apreensão com o rumo das eleições presidenciais brasileiras.

Containers empilhados no patio do Brasil Terminal Portuario (BTP) no terminal de Santos
Containers empilhados no patio do Brasil Terminal Portuario (BTP) no terminal de Santos - Eduardo Knapp/Folhapress

As exportações também cresceram, mas em ritmo mais fraco. O aumento foi de 15,8% sobre agosto de 2017, a US$ 22,552 bilhões (R$ 93,12 bilhões). Nos primeiros oito meses de 2018, o saldo positivo das trocas comerciais somou US$ 37,811 bilhões (R$ 156,15 bilhões), queda de 21,4% sobre igual intervalo do ano passado. Para o ano, o ministério ainda prevê que superávit da balança comercial brasileira ficará no patamar de US$ 50 bilhões (R$ 206,5 bilhões), ante US$ 67 bilhões (R$ 276,71 bilhões) de 2017.

A diminuição se dará justamente por conta do maior fôlego exibido na ponta das importações, reagindo à recuperação da atividade econômica e uma demanda maior por bens importados.

DESTAQUES

Em agosto, as importações foram puxadas pelos bens de capital, que subiram 158,2% sobre um ano antes, principalmente pela compra de plataforma para extração de petróleo.

Também cresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (+55,4%), bens intermediários (+16,2%) e bens de consumo (+13,7%).

Já as exportações sofreram com a queda de 24,2% nas vendas de semimanufaturados, especialmente pela retração de 48,3% em açúcar em bruto, a US$ 412 milhões (R$ 1,7 bilhão).

Ao mesmo tempo, as exportações de manufaturados subiram 35,1% sobre agosto de 2017 e de básicos avançaram 16,4%.

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