Os contratos futuros do café arábica na bolsa nova-iorquina ICE recuaram pela 4ª sessão consecutiva, para tocar suas mínimas em quase 13 anos nesta terça-feira, pressionados pela ampla oferta brasileira, enquanto os preços do açúcar bruto estenderam as perdas.
O contrato dezembro do café arábica caiu US$ 1,45 (R$ 6,00) ou 1,5%, para US$ 0,95,85 (R$ 3,96) por libra-peso, depois de atingir US$ 0,95,10 (R$ 3,93), sua mínima desde dezembro de 2005.
Os preços fecharam abaixo do US$ 1 (R$ 4,14), um nível chave de suporte psicológico, pelo terceiro pregão seguido.
A ampla oferta pesou sobre o mercado, disseram os operadores.
O governo do Brasil, maior produtor do mundo, aumentou nesta terça-feira sua previsão para a safra de 2018 do país, para um recorde de 59,9 milhões de sacas de 60 quilos, citando uma grande produtividade.
A contínua depreciação do real continuou em foco, já que encoraja a venda por produtores de commodities atreladas ao dólar.
O café robusta (conilon) para novembro teve alta de US$ 13,00 (R$ 53,82), ou 0,9%, a US$ 1.492,00 (R$ 6.176,88) por tonelada.
O contrato outubro do açúcar bruto perdeu US$ 0,11 (R$ 0,45), ou 1%, a US$ 10,52 (R$ 43,55) por libra-peso, depois de tocar US$ 10,43 (R$ 43,18) , sua mínima em mais de duas semanas.
Os preços recuaram 9% nas últimas duas sessões por receios sobre um possível aumento nos embarques da Índia, que está considerando novos incentivos de exportação.
"A Índia tem o potencial para inundar o mercado mundial com quantidades consideráveis de açúcar", disse a Commerzbank em nota. "Atualmente, isso está sugando qualquer indício de sustentação de preços".
O açúcar branco para dezembro fechou em queda de US$ 1 (R$ 4,14), ou 0,3 %, a US$ 329,10 (R$ 1362, 47) por tonelada.
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