Comitê do governo confirma decisão de manter térmicas mais caras ligadas

Acionamento tem acontecido desde o início do mês, após reunião extraordinária de comitê

Brasília | Reuters

O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) decidiu nesta quarta-feira (19) manter acionadas por ao menos mais uma semana termelétricas mais caras, que já deveriam estar desligadas se fossem seguidas as orientações de modelos computacionais que guiam a operação do setor, afirmou em nota.

A determinação do comitê do governo tem como objetivo ajudar a manter o nível de reservatórios das hidrelétricas, principal fonte de geração do Brasil, para que as usinas entrem no chamado período úmido, a partir de novembro, com condições mais favoráveis.

"O Comitê reiterou a garantia do suprimento no ano de 2018 e destacou que há recursos energéticos disponíveis, inclusive além dos montantes já despachados de usinas termelétricas", afirmou o CMSE, que disse estarem ligadas usinas com custo de operação de até R$ 766,28 por megawatt-hora.

O acionamento das térmicas apesar das indicações dos modelos, conhecido no setor como despacho "fora da ordem de mérito", tem acontecido desde o início do mês, após uma reunião extraordinária do CMSE, acompanhando recomendação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

O CMSE deverá se reunir novamente na próxima semana em caráter extraordinário para uma nova avaliação sobre o cenário, disse a fonte à Reuters, na condição de anonimato. "Vai ser semana a semana", comentou.

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.