O conselho de administração da International Meal Company Alimentação, dona das redes Frango Assado e Viena, decidiu rescindir acordo de associação com a Sapore, empresa de refeições corporativas, de acordo com fato relevante divulgado na noite de segunda-feira (17).
A decisão de cancelar o acordo de fusão, anunciado em junho, ocorreu após realização de auditoria prevista no acordo. Segundo a IMC, as condições suspensivas previstas no acordo não foram implementadas.
"Diante disso, e considerando que não houve consenso com os representantes da Sapore quanto a certas questões identificadas na auditoria, o conselho de administração da IMC, visando a preservar o interesse da companhia e de seus acionistas, se reuniu nesta data e deliberou rescindir o acordo de associação nos termos ali previstos", disse a IMC em comunicado ao mercado.
A empresa de refeições corporativas Sapore e sua controladora Abanzai disseram que foram surpreendidas pela decisão da IMC.
"A Abanzai e a Sapore foram surpreendidas, sem qualquer aviso prévio, acerca da intenção da IMC de resilir o Acordo de Associação em razão de ajustes da Sapore (que a IMC teria identificado) supostamente terem extrapolado os parâmetros estabelecidos [...] no Acordo de Associação" disseram as empresas em comunicado.
Segundo a Sapore, a IMC decidiu rescindir o Acordo de Associação "a despeito deste instrumento prever mecanismo próprio para a definição por terceiro de entendimentos divergentes entre as partes acerca de valores". A Sapore e sua controladora disseram que vão buscar todas as medidas cabíveis para defender seus interesses e resguardar os direitos previstos no Acordo de Associação com a IMC.
As duas empresas anunciaram em junho um acordo de fusão, que previa uma oferta pública de aquisição de até 24% das ações da IMC ao preço de R$ 9,30, de modo que os acionistas da Sapore seriam detentores de 41,79% da capital social da IMC.
O acordo de fusão entre a IMC e a Sapore já havia sido aprovado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em julho.
O conselho de administração da IMC também aprovou um programa de recompra de 13 milhões de ações ordinárias, correspondentes a 7,98% dos papéis em circulação, por prazo de um ano, e a redução do capital social da companhia no valor de R$ 100 milhões.
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