Petrobras quer ampliar em 40% numero de mulheres em chefias

Grupo interno irá analisar medidas para ampliar a participação feminina em postos de comando, que hoje é de 18%

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Rio de Janeiro

A Petrobras anunciou nesta segunda (24) a meta de ampliar em 40% o número de mulheres em cargos de chefia. Um grupo interno foi criado para analisar medidas que elevem o número de chefias femininas dos atuais 18% para 25%.

"A indústria do petróleo é uma indústria centenária e sabemos que precisamos evoluir", disse a diretora de exploração e produção da companhia, Solange Guedes, em discurso de abertura da feira Rio Oil & Gas, no Rio. "A diversidade é um valor fundamental", completou.

Guedes era a única mulher na mesa de abertura do evento, composta por dez pessoas, entre executivos do setor e autoridades de governos federal e estaduais. Ela compõe o grupo de trabalho interno na estatal, junto com outras mulheres em cargos-chave, como a gerente-geral de desinvestimentos, Anelise Lara.

"Quando uma mulher jovem olha para a indústria de óleo e gás, ela não pensa que pode chegar lá", comentou, em painel mais tarde, a vice-ministra de Petróleo e Energia da Noruega, Ingvil Smines, citando a mesa de abertura como exemplo. 

Estudo da Boston Consulting Group em parceria com o Conselho Mundial de Petróleo mostra que a presença feminina na indústria de óleo e gás é inferior à média das companhias que compõem o índice das maiores empresas listadas em bolsa nos Estados Unidos, o S&P 500.

Nos cargos iniciais, as empresas de petróleo e gás têm 27% das vagas ocupadas por mulheres, enquanto a média chega a 46% na S&P 500. Nos cargos sênior ou executivos, são 17% e 25%, respectivamente. "Quando os homens definem os critérios [de contratação], eles escolhem os homens", comentou.
 

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