Amil muda marca e quer priorizar médico da família

Operadora de saúde anuncia mudanças ao completar 40 anos

Anaïs Fernandes
São Paulo

No ano em que celebra seu 40º aniversário, a operadora de saúde Amil reposiciona sua marca para consolidar uma estratégia de foco na atenção primária e redução de custos.

Com um novo logo e o mote do "cuidado certo", a empresa passa a promover o tripé atenção primária, coordenação do cuidado e diálogo.

A ideia é estimular os clientes a procurarem médicos da família, mais generalistas, antes de partirem para especialistas ou para um hospital, por exemplo.

Hoje, a Amil já tem mais de 30 endereços entre São Pulo, Rio, Distrito Federal, Paraná e Pernambuco em que o atendimento dos clientes é feito por médicos e profissionais da atenção primária.

Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil, controlador da Amil
Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil, controlador da Amil - Reinaldo Canato / Folhapress

Segundo Claudio Lottenberg, presidente do UnitedHealth Group Brasil, grupo controlador da Amil, a proposta é que esse número chegue a 40 até o fim do ano.

"Ninguém será privado de acesso a outras frentes, mas precisamos de mais atenção orientada para questões triviais, acolher, atender, entender e estabelecer o diálogo", afirma.

Lottenberg diz que 89% dos beneficiários atendidos por médicos de família nessas unidades já implementadas pela Amil têm seus problemas solucionados sem necessidade de encaminhamento para especialistas, o que reduziu em 30% o nível de hospitalização desses pacientes.

"É a inserção de um modelo tão seguro quanto mais acessível e menos oneroso. No futuro, haverá uma repercussão positiva em termos de custo, mas isso vai depender também do engajamento progressivo das pessoas no acesso a essa estrutura. Por isso estamos promovendo a campanha", explica.

Sobre o novo governo, Lottenberg diz que o setor aguarda medidas mais concretas em relação à saúde, mas que depende também da retomada da economia e diminuição do desemprego.

"No momento em que a economia retoma o crescimento, isso aumento o emprego e, com esse acesso, aquele dinheiro que era para o SUS passa a ser usado no sistema privado", afirma.

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