Caffarelli, do BB, é convidado para presidir a Cielo, diz agência

Executivo está no comando do Banco do Brasil desde 2016

São Paulo

O atual presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, foi convidado para assumir a presidência da empresa de maquininhas de cartão Cielo, segundo a agência de notícias Reuters.

De acordo com a Reuters, uma pessoa consultada afirmou que Caffarelli provavelmente assumirá a presidência da Cielo. A outra disse que ele decidiu não permanecer no Banco do Brasil. Ambas as fontes, contudo, não confirmaram se Caffarelli já teria aceitado a proposta.

Interlocutores do banco afirmaram à Folha que, ao ser questionado sobre o assunto, Caffarelli não negou e nem confirmou o convite.

A Cielo disse em nota que não comenta rumores de mercado. O Banco do Brasil também não quis comentar o assunto.

Presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli
Presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli - Pedro Ladeira/Folhapress

​Caffarelli está no comando do Banco do Brasil desde maio de 2016, indicado por Michel Temer (MDB) logo após o afastamento de Dilma Rousseff, durante o processo de impeachment.

Controlada pelo BB e pelo Bradesco, a Cielo está sem presidente desde julho deste ano, quando Eduardo Gouveia renunciou ao cargo alegando motivos pessoais. O posto está ocupado de forma interina pelo diretor de relações com investidores, Clovis Poggetti Junior.

As ações da empresa caem mais de 2% na tarde desta quinta-feira, enquanto os papéis do Banco do Brasil avançam em percentual semelhante.

A Cielo tem apanhado na Bolsa, reflexo da dificuldade de manter receitas e fatia de mercado com o aumento da competição no setor de maquininhas. Atualmente, as ações são negociadas ao redor da faixa de R$ 12, no menor patamar desde 2012.

No segundo trimestre, a empresa havia divulgado queda em de 2,5% em sua base de maquininhas, na comparação com os três meses anteriores. Os números do terceiro trimestre serão publicados na próxima semana.

O desempenho negativo da Cielo contrasta com a ascensão de novas empresas nesse mercado. Nesta quinta, a brasileira Stone passou a ter ações negociadas na Nasdaq, em Nova York. Com a venda de ações, a companhia captou US$ 1,5 bilhão (o equivalente a R$ 5,6 bilhões). No começo do ano, a PagSeguro abriu capital em Nova York, em operação que gerou US$ 2,3 bilhões (R$ 8,5 bilhões).

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