O leilão da Cesp (Companhia de Energia de São Paulo) foi adiado pelo governo paulista para o dia 19 de outubro.
O certame chegou a ser suspenso por uma decisão liminar da Justiça do Trabalho na sexta-feira passada (28), mas foi liberado nesta segunda (1º) pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2º Região.
Ainda assim, o governo de São Paulo optou por adiar a concorrência. Segundo analistas do setor, havia possibilidade de que não houvesse interessados pela compra do ativo.
Esta é a segunda vez em menos de 12 meses que a privatização da companhia elétrica paulista é postergada. No fim de 2017, o leilão foi cancelado devido à falta de interessados.
Desde então, o governo fez ajustes para tornar a venda mais atrativa: conseguiu a prorrogação do contrato de concessão da usina de Porto Primavera, principal ativo da Cesp, e reduziu o preço mínimo, que seria de R$ 14,30 por ação, o que avalia a empresa em cerca de R$ 4,7 bilhões.
No entanto, diversas companhias que avaliaram a compra da empresa desistiram.
Segundo um analista que acompanhou o caso de perto, os passivos da companhia eram uma das principais preocupações dos investidores.
A incerteza em relação ao resultado eleitoral também ajudou a reduzir o apetite, avalia o sócio do BMA Advogados, José Guilherme Berman.
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