Lucro do Itaú cresce 3,2% no 3º trimestre e vai a R$ 6,5 bilhões

Banco reportou crescimento na carteira de crédito, mas relatou redução em algumas receitas com tarifas

Tássia Kastner
São Paulo

O lucro líquido do Itaú cresceu 3,2%, para R$ 6,5 bilhões, no terceiro trimestre deste ano quando comparado com igual período de 2017. O maior banco privado do país foi o primeiro entre as grandes instituições financeiras a divulgar os resultados trimestrais. 

A margem financeira (receita de operações de crédito com clientes e o mercado financeiro) foi de R$ 17,4 bilhões nos últimos três meses, alta de 3,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2017.

A carteira de crédito do banco somou R$ 636,4 bilhões, expansão de 10,6% em um ano. O avanço foi puxado por operações na América Latina, excluindo Brasil, que atingiu 27,4%. No Brasil, o principal crescimento foi nos empréstimos relacionados a cartão de crédito (20%) e crédito pessoal (11,3%).

“Continuamos com uma demanda saudável por crédito tanto de pessoas físicas quanto de micro, pequenas e médias empresas. Nesse terceiro trimestre de 2018, concedemos 38% mais créditos para pessoas físicas e 22% mais créditos para micro, pequenas e médias empresas no Brasil em relação ao mesmo período de 2017”, disse Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco, em nota. O executivo detalhará os resultados em teleconferência a acionistas nesta terça-feira.

Fachada de agência do Itaú no Rio de Janeiro
Fachada de agência do Itaú no Rio de Janeiro - Sergio Moraes/Reuters

A taxa de inadimplência acima de 90 dias no trimestre foi de 2,9%, alta de 0,1 ponto percentual na comparação com o segundo trimestre, mas queda de 0,3 ponto ante o terceiro trimestre do ano passado.

O banco destacou que houve uma redução no custo do crédito, que envolve a reserva para cobrir eventuais calotes. Essa despesa recuou 18,2% em um ano, somando R$ 3,3 bilhões nos meses de julho a setembro.

A receita com prestação de serviços e seguros (tarifas de conta corrente e cartões, por exemplo) alcançou R$ 10,2 bilhões, aumento também na casa dos 3% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.

Houve queda, porém, na leitura da passagem do segundo para o terceiro trimestre, puxada pela redução nas receitas de assessoria econômica e corretagem, que tombaram 33%. O banco atribuiu o tombo "à menor atividade do mercado de capitais" no terceiro trimestre.

Neste período, o Itaú isentou taxas de corretagem para aplicações em Tesouro Direto, medida que era adotada pelas corretoras independentes e foi replicada pelos ganhos bancos nos últimos meses. Foi zerada também a taxa de carregamento dos planos de previdência privada.

O Itaú destacou ainda que as receitas com cartão de crédito aumentaram, mas pontuou a redução no número de maquininhas da Rede no período de um ano.

O banco fechou o terceiro trimestre com 1,1 milhão de equipamentos, queda de 8% na comparação com o mesmo período de 2017. A redução ocorreu mesmo com o lançamento da Credicard Pop, maquininha lançada para concorrer com novatas do setor, como a PagSeguro. 

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