Carlos Ghosn é suspeito de usar US$ 18 milhões da Nissan para compra de imóveis de luxo, diz jornal

Executivo preso no Japão nesta segunda-feira teria se valido de subsidiária da Nissan na Holanda para gastos pessoais

São Paulo

Líder da Aliança entre as montadoras Renault, Nissan e Mitsubishi, o executivo Carlos Ghosn é suspeito de ter gasto US$ 18 milhões (R$ 67,5 milhões) de uma subsidiária da Nissan em imóveis de luxo no Rio de Janeiro e em Beirute, segundo o jornal japonês Nikkei.

Preso na última segunda-feira (19) no Japão, Ghosn nasceu no Brasil e fez seus estudos primários no Líbano. Ganhou fama ao arquitetar a união entre Nissan e Renault e tirar a primeira da beira da falência nos anos 2000.

Ghosn deve ser afastado da presidência do conselho da Nissan nesta quinta-feira. Acionistas da Renault, entre eles o Estado francês, discutem sua substituição por uma direção interina na presidência executiva da empresa.

As transações seriam feitas a partir de uma companhia estabelecida na Holanda, criada em 2010, que teria como objetivo oficial o financiamento de startups.

A descoberta teria ocorrido a partir de mecanismo de delações feitas em troca de redução de pena estabelecido no Japão em junho, afirma o jornal.


A Nissan disse que Ghosn ocultou sua renda do fisco durante anos, além de ter cometido outros ilícitos, como uso de bens da companhia para fins pessoais. A empresa afirma estar colaborando com as investigações.

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