Com PIB do Brasil negativo, apenas Roraima cresce em 2016

Tocantins apresenta maior crescimento acumulado desde o início da série até a última pesquisa

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São Paulo

Em um ano em que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro retraiu 3,3%, apenas o estado de Roraima apresentou crescimento em 2016, informou o IBGE nesta sexta-feira (16).

De acordo com o instituto, das 27 unidades federativas, Roraima foi a única que teve comportamento positivo, na comparação com o ano anterior, com alta de 0,2%. 

O Distrito Federal também não apresentou queda, mas se manteve estável em 2016.

De acordo com o gerente da pesquisa, Frederico Cunha, a atividade de administração, defesa, educação e saúde pública e seguridade social foi a que mais influenciou o avanço em Roraima e segurou a queda no Distrito Federal, uma vez que, nesses locais, ela representa quase metade do valor adicionado ao volume total do PIB.

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Roraima foi o único estado que apresentou crescimento em 2016, segundo o IBGE - Zanone Fraissat/Folhapress

“Esses locais são muito dependentes da administração pública, que não oscila muito, funcionando como uma espécie de amortecedor da economia. Então quando há uma queda generalizada do comércio e da agricultura, por exemplo, essa atividade acaba segurando o resultado”, explica.

Os maiores recuos foram registrados pelos estados do Amazonas, com retração de 6,8%, Mato Grosso e Piauí, ambos com queda de 6,3% naquele ano.

Ainda de acordo com o levantamento, entre 2002, quando a série foi iniciada, e 2016, os estados que tiveram os maiores crescimentos acumulados foram Tocantins (103,4%), Mato Grosso (89,1%) e Roraima (79,5%). 

Na outra ponta, os piores desempenhos no acumulado do período vieram dos estados do Rio de Janeiro (25,3%), Rio Grande do Sul (27,6%) e Minas Gerais (34,1%).

Apesar de apresentar crescimento desde 2014, São Paulo teve queda em sua participação no PIB geral, passando de 34,9% em 2002 para 32,5% em 2016. “O ganho em valor relativo de São Paulo entre 2015 e 2016, porém, esteve atrelado, sobretudo, à queda de participação do Rio de Janeiro, que tem o segundo maior peso”, disse o gerente.

Em relação ao PIB per capita, o Distrito Federal foi o que teve o maior valor, de R$ 79.099,77, e o Maranhão, o pior, R$ 12.264,28.

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